O que é conhecimento? (S03E08) – Transcrição

Transcrição do oitavo episódio da terceira temporada publicado no dia 06 de outubro de 2023.

Bloco 1

[Laira]
E aí, Frank! Beleza??
[Frank]
Tudo! E aí: o que deseja?
[Laira]
É que ontem de noite eu passei por uma situação bem cotidiana, né, mas fiquei pensando no que passei e queria tirar uma dúvida contigo
[Frank]
Ihhh… mistééérriiiiiooooo….
[Laira]
É sério!
[Frank]
Pois então diga.
[Laira]
É que ontem eu tava saindo do quarto e ouvi altão o barulho de uma batida de carro, sabe. Aí eu pensei: isso foi tão alto que foi bem em frente de casa. Quando chego na sala pra ver da janela o que ouve, o som na verdade era da soundbar nova que o meu irmão tinha comprado. Eles tavam vendo é um filme no volume alto pra ver se o som era bom.
[Frank]
Chique!! Mas e aí: o que tem essa situação com o que te deixou em dúvida…?
[Laira]
É que eu achei que sabia do que se tratava o barulho, mas estava errada. E, tipo, esse tipo de erro é comum no dia a dia das pessoas. Sai perguntando de algumas pessoas que conheço e todas elas me deram uma variação da situações, mas tendo como base o mesmo erro, saca?
[Frank]
E você acha que a filosofia poderia explicar isso?
[Laira]
Acho.
[Frank]
Bom: filosoficamente falando, você teve a crença de que houve uma batida de carro na frente da sua casa. Mas essa crença era falsa, pois o som vinha de um filme que estavam vendo na sala da sua casa. Logo, você não sabia que houve uma batida de carro na frente da sua casa. Você não tem o conhecimento de que houve uma batida de carro na frente da sua casa. Entendeu?
[Laira]
Huuuummmmm…. eu achei que crença e conhecimento fossem a mesma coisa. Porque você distinguiu crença de conhecimento?
[Frank]
Porque você pode ter uma crença, mas ter uma crença não significa que você tem conhecimento. A crença faz parte do conhecimento, mas só ter ela não significa que se tem um conhecimento.
[Laira]
E o que é conhecimento?
[Frank]
Ih… agora tu fez uma pergunta difícil, olha…
[Laira]
Desculpa.
[Frank]
Não, não. Sem problemas. Você quer que eu responda essa pergunta?
[Laira]
Se puder, quero sim!
[Frank]
Beleza. A resposta vai demorar um pouco porque vou precisar explicar antes algumas coisas, mas no final vai ser preciso entender elas pra se entender bem o que é conhecimento. Beleza?
[Laira]
Beleza!

Bloco 2

[Frank]
Vamos começar a sequência de explicações com o seguinte: eu preciso falar o que é uma frase e o que é uma proposição. Aí depois eu vou precisar explicar três conceitos: crença, verdade e justificação, beleza?
[Laira]
Tudo isso? É muita coisa, olha…
[Frank]
Juro que vai dar bom. Quando eu falar de conhecimento, toda essa explicação vai ter valido a pena.
[Laira]
Tá booommmm
[Frank]
Bom: vamos começar pela frase. Uma frase é uma sequência completa e gramaticalmente correta de palavras de uma língua natural. Um exemplo de frase seria “eu sei matemática”, enquanto que um não exemplo de frase seria “concreto não remédios nadam”.
[Laira]
Hummm… entendi.
[Frank]
Uma frase é usada pra expressar um bocado de coisas: fatos, desejos, perguntas, dar uma ordem, fazer uma ameaça etc. O que vai importar aqui pra gente é a frase do tipo declarativa, ou seja: aquela frase que se refere apenas a expressão de fatos.
[Laira]
A frase “o primeiro ser humano a pisar na Lua foi Neil Armstrong” seria uma frase declarativa, então?
[Frank]
Exatamente! Você entendeu bem o recorte da coisa.
[Laira]
Tá. Mas porque é preciso saber sobre frase pra se entender o que é conhecimento?
[Frank]
É pq sem a gente saber o que é uma frase declarativa a gente não entende o que é uma proposição.
[Laira]
Huuummmm…
[Frank]
Olha: uma proposição é o pensamento literalmente expresso por uma frase declarativa e que é passível de valor de verdade.
[Laira]
Calma lá calma lááá que agora eu não entendi.
[Frank]
Eu vou te dar mais detalhes e exemplo.
[Laira]
Ah então beleza.
[Frank]
Se uma pessoa diz em inglês “the snow is white” e outra pessoa diz em português que “a neve é branca”, ainda que sejam frases declarativas de idiomas diferentes, elas expressam a mesma proposição: a de que a neve tem a cor branca. Isso é a proposição: a frase declarativa muda até de idioma, mas o pensamento expresso por elas é o mesmo – porque isso é uma proposição.
[Laira]
Huuuummmm… acho que comecei a entender. Mas, tipo: tu falou também de valor de verdade. Como é que esse valor aí se relaciona com a proposição?
[Frank]
É bem simples, Laira: uma proposição é verdadeira ou falsa a depender do pensamento por ela expressa corresponder ou não a realidade. Por exemplo: se alguém diz a proposição “está chovendo bola de fogo lá fora”, ela é falsa – deve estar sol ou nublado ou até mesmo chovendo normal, chovendo água, mas não bola de fogo.
[Laira]
Agora entendi.
[Frank]
Entendeu mesmo?
[Laira]
Entendi, entendi. Só que não sei porque preciso saber o que é proposição pra saber o que é conhecimento.
[Frank]
É que a crença, a verdade e a justificação geralmente são trabalhadas tendo em conta proposições – e sem isso também vai ser complicado entender bem o que é o conhecimento.
[Laira]
Aaaaahhh siimmm. Suave, então.
[Frank]
Se preocupa não que agora vou passar a explicar esse três aí.
[Laira]
Então manda bala.

Bloco 3

[Frank]
Sabe me dizer o que é uma crença?
[Laira]
Olha… eu até acho que tenho uma ideia do que seja, mas tô com vergonha de falar k
[Frank]
Sério? Não quer nem arriscar?
[Laira]
Melhor não. Fala logo o que é uma crença!
[Frank]
Bom: uma crença é uma representação mental da realidade expressável através de uma proposição.
[Laira]
Eita! Calma lá que não entendi.
[Frank]
Pensa no seguinte: um pessoa acredita na proposição “a Terra é esférica”.
[Laira]
Tá.
[Frank]
Isso é uma crença em razão do seguinte: ela representa em sua mente – e pensa a partir disso – que a realidade – ou um certo aspecto dela – tem a seguinte configuração: o formato do planeta Terra é esférico. Além disso, essa pessoa consegue expressar essa crença por meio de uma frase do tipo declarativa – seja usando de ondas sonoras ou marcas sobre o papel.
[Laira]
Então ter uma crença é ter algo parecido com um Google Maps na cabeça?
[Frank]
É… é meio que isso mesmo. Assim como o Maps oferece uma representação até que bastante fiel dos lugares na Terra, é esperado que a crença ofereça uma representação bastante fiel da realidade.
[Laira]
Eu entendi o que é uma crença. Ponto. Só que eu tô com uma cocerinha na cabeça…
[Frank]
Tá falando no sentido de piolho?
[Laira]
Não, não: to falando no sentido de um incômodo mesmo.
[Frank]
É o que te incomoda?
[Laira]
Nas vezes anteriores em que paramos pra conversar sobre algum assunto filosófico, tu sempre me apresentou visões alternativas a algum conceito ou problema filosófico.
[Frank]
Verdade. Eu faço isso pra tu escolher qual o melhor pra você.
[Laira]
Certo. Mas tu tá assumindo pra mim já alguma resposta em relação ao conceito de crença?
[Frank]
Tô sim. Tô falando pra ti o que é uma crença a partir do representacionalismo.
[Laira]
É uma teoria sobre a crença?
[Frank]
É sim.
[Laira]
E do que ela se trata?
[Frank]
Bom: o representacionalismo é a teoria que trata a crença como uma entidade que fica armazenada em nossa mente e que tem a forma de um fato ou uma proposição sobre o mundo.
[Laira]
Essa é a única teoria sobre a crença?
[Frank]
Não, não: existem outras, mas pra não alongar muito, vou falar apenas de mais uma: o eliminativismo. O eliminativismo defende a inexistência de crenças.
[Laira]
Essa parece bem mais radical. Como assim inexistência de crenças?
[Frank]
Quem defende essa teoria diz que a psicologia popular, aquela concepção cotidiana que as pessoas têm sobre a mente, é uma teoria equivalente às teorias pré-científicas. E assim como as teorias pré-científicas foram derrubadas pelo desenvolvimento científico feito em cima desses assuntos, a psicologia científica e a neurociência avançarão o suficiente a ponto de derrotar essa psicologia popular. A crença entra aqui nesse bolo, né, por ser uma entidade postulada por essa psicologia popular. Logo, quando for atingido um certo nível de desenvolvimento científico sobre tudo aquilo que a crença abarca, assim como outros assuntos, não haverá mais espaço e motivo para fazer uso dessa entidade mental chamada crença.
[Laira]
Huuummmm…. mas a psicologia avançou a ponto de abandonar o conceito de crença?
[Frank]
Ainda não.
[Laira]
Então eu fico com o representa-cio-na-lismo. Acertei o nome?
[Frank]
Acertou sim!

Bloco 4

[Laira]
E agora: qual é o próximo conceito?
[Frank]
É o de verdade.
[Laira]
E o que é a verdade?
[Frank]
A verdade é a correspondência de uma proposição com a realidade. Ou seja: uma proposição é verdadeira se retrata com exatidão a realidade como ela é; caso contrário, a proposição é falsa. Por exemplo: a proposição “existem vacinas para o vírus da COVID-19” é verdadeira, mas a proposição “uma mulher já pousou na Lua” é, infelizmente, falsa.
[Laira]
Huuummm….
[Frank]
O que você tá fazendo?
[Laira]
É que eu resolvi, né, só por curiosidade, buscar agora no Google a definição de verdade em dicionários. O que tu me falou está no dicionário também.
[Frank]
É que essa definição é a noção mais comum de verdade.
[Laira]
Mas essa noção de verdade que tu me falou agora é baseada em alguma teoria?
[Frank]
É sim. Falo pra ti o que é a verdade a partir da teoria correspondencial da verdade.
[Laira]
Essa me parece ser uma teoria bem intuitiva, olha. Não precisa ir muito longe pra se chegar nela.
[Frank]
Concordo. Só que essa teoria tem os seus problemas. Uma objeção, por exemplo, seria a de que a teoria correspondencial só de adequa a proposições no tempo presente ou que são uma descrição direta da realidade. Por exemplo: a proposição “Você ficará muito famoso se visitar Marte” é com certeza verdadeira. Só que ela não corresponde a realidade porque até o momento nenhum ser humano pisou em marte e voltou pra contar história.
[Laira]
Huuummm…. verdade. Agora: existe só essa teoria da verdade?
[Frank]
Não, não: existem outras!
[Laira]
Então me dá uma teoria alternativa.
[Frank]
Nós temos a teoria coerentista da verdade. Essa teoria defende que uma proposição é verdadeira se é coerente com um certo conjunto de proposições. Tipo: a verdade de uma proposição vem de uma interligação ou relação adequada, consistente ou sistemática com outras proposições também verdadeiras.
[Laira]
Pode me dar um exemplo?
[Frank]
Toma por exemplo a proposição “Protejo-me contra a COVID”. Essa proposição é verdadeira se todo um conjunto de proposições também é verdadeiro: “Uso máscara de maneira adequada”, “Evito tocar os olhos, nariz e a boca”, “Faço distanciamento social”, “Higienizo as mãos com sabão ou álcool gel”, “Estou em dia com a vacinação” etc.
[Laira]
Huuummmm….. Bom: isso aí tudo é verdade mesmo, né, porque foi o que a maioria das pessoas fizeram durante a pandemia.
[Frank]
Agora: o coerentismo passa por algumas objeções.
[Laira]
Num tem nenhuma posição filosófica que num tenha uma posição alternativa. Incrível!
[Frank]
Poisé.
[Laira]
Que objeção tu pode me apresentar sobre o coerentismo?
[Frank]
Uma objeção se refere a verdade de uma proposição ser coerente apenas com o sistema de proposições de uma certa pessoa.
[Laira]
Comassim?
[Frank]
Tipo: as pessoas podem ter sistemas de proposições diferentes – e isso pode levar as pessoas a terem diferentes proposições como verdadeiras, pois elas são – a sua maneira – coerentes com o seus sistemas de proposições.
[Laira]
Exemplo… ?
[Frank]
Imagina a proposição “A vacina é a única cura eficaz contra a COVID”. Ela é verdadeira para uma pessoa dado ser coerente com o seu sistema de proposições, mas pode ser falsa para outra pessoa por ser incoerente com o seu sistema de proposições – como por exemplo com um negacionista das vacinas.
[Laira]
Então o coerentismo abre uma brecha pra relativização da verdade?
[Frank]
Exatamente. Essa é uma objeção contra o coerentismo. Tipo: duas ou mais pessoas podem considerar ou não verdadeira a proposição “A terra é plana” em razão da sua coerência com o sistema de proposições de cada um, não é possível sentar o martelo sobre a verdade ou não da proposição – ou seja: a verdade é relativa.
[Laira]
Tem coisas na vida que eu não admito e a verdade ser relativa é uma delas.
[Frank]
Eu também, Laira. Eu também não.

Bloco 5

[Laira]
Tu ainda tem mais alguma coisa pra explicar antecipadamente ou já pode falar o que é conhecimento?
[Frank]
Tenho só mais um conceito: o de justificação.
[Laira]
É o que é justificação?
[Frank]
A justificação tem como papel dar um suporte adequado a uma crença – dando assim maior garantia sobre a verdade da crença. Isso significa o seguinte: uma crença é mais segura, mais robusta ou mais verdadeira quando temos razões, provas ou evidências embasando essa crença, a favor dessa crença. Por exemplo: se uma pessoa crê na vacina como a única cura eficaz contra a COVID, ela está justificada nos mais variados estudos acadêmicos demonstrando isso. Ou seja: essa é uma crença que é verdadeira e está justificada. Entendeu?
[Laira]
Entendi, entendi. Agora: o mesmo esquema de crença e verdade também se repete aqui?
[Frank]
Dessa vez não exatamente… Da maneira como te expliquei o conceito de justificação, não assumo nenhuma teoria da justificação não. Mas ainda sim eu vou adotar uma só pra ter um mínimo de posicionamento filosófico.
[Laira]
E que teoria é essa?
[Frank]
O fundacionalismo.
[Laira]
E do que se trata essa teoria?
[Frank]
O fundacionalismo é a teoria da justificação que defende a justificação das crenças a partir de algumas crenças básicas. É como se a justificação fosse um edifício de crenças onde a base desse edifício é composta de crenças básicas e estas suportam justificacionalmente as nossas crenças restantes.
[Laira]
Pergunta: o que é uma crença básica e qual ou quais são as nossas crenças básicas?
[Frank]
Olha: partindo do filósofo René Descartes, onde uma crença básica é indubitável, infalível e auto-evidente. Agora o que não sei te responder é quais das nossas crenças atendem esses critérios.
[Laira]
Aí é complicado, olha… Tem alguma teoria alternativa?
[Frank]
Existe o coerentismo?
[Laira]
Coerentismo de novo? Mas é a mesma que o coerentismo da verdade?
[Frank]
Eu diria que a estratégia teórica de responder é meio que a mesma, mas ambas que acabam tratando de coisas bem diferentes.
[Laira]
E qual é a do coerentismo aqui na justificação?
[Frank]
O coerentismo é a teoria da justificação que defende a justificação de uma crença a partir da sua coerência com outras crenças. Os coerentistas costumam explicar a teoria por meio da ideia de teia ou rede de crenças, onde as crenças se justificam umas as outras de forma interrelacionada. Ou seja: as crenças de uma pessoa está apoiada em outras crenças dessa mesma pessoa.
[Laira]
Huuummmm….. realmente a estratégia é muito parecida
[Frank]
O coerentismo, como toda teoria filosófica, tem seus problemas. Por exemplo: o sistema de crenças, a teia de crenças de uma pessoa pode não ter correlação com a realidade ou com o sistema de crenças de outra pessoas. Ou seja: uma pessoa pode ter um sistema justificado de crenças, coerente, e ainda sim esse sistema coerente de crenças não ter nenhuma relação com o sistema de crenças de uma outra pessoa. Uma pessoa pode ter esquizofrenia, por exemplo, e por causa disso o seu sistema de crenças não se relaciona com a realidade e com outros sistemas de crenças.
[Laira]
É… concordo com essa objeção. Realmente isso aí é um problemão.

Bloco 6

[Frank]
Bom: agora finalmente eu estou em condições de explicar o que é conhecimento.
[Laira]
Ebaaaaaaa!!!! Finalmente!
[Frank]
Olha: o que fiz é, de certa forma, normal em filosofia. O estudo ou a pesquisa mais precisa daquilo que se tem em mente geralmente requer dar alguns passos para trás.
[Laira]
Por precaução: tem mais alguma coisa pra ser explicada?
[Frank]
Tem só mais um detalhe. Existem tipos de conhecimento, como o prático e o por contato, mas o foco aqui será no conhecimento proposicional. Rápida explicação: o conhecimento proposicional é o conhecimento de um sujeito sobre um fato. Ou seja: o objeto do conhecimento é uma proposição verdadeira, pois um fato é expressável por meio de uma frase declarativa e o significado dessa frase é uma proposição – sendo verdadeira quando corresponde a realidade.
[Laira]
Mais alguma coisa?
[Frank]
Não: só isso mesmo.
[Laira]
Então vamos lá: o que é o conhecimento?
[Frank]
Tradicionalmente o conhecimento é definido a partir da satisfação de três condições. Portanto, uma pessoa só pode dizer que sabe, que conhece uma proposição qualquer quando atende essas condições.
[Laira]
E que condições são essas?
[Frank]
A primeira condição a ser atendida é a crença. O conhecimento, portanto, envolve a capacidade do sujeito de representar adequadamente a realidade ou uma parte dela dentro da sua cabeça por meio de uma proposição. A segunda condição a ser atendida para que haja conhecimento é a verdade. Não basta um sujeito crer: é preciso ter uma crença verdadeira. Se o pensamento expresso na proposição que o sujeito tem como crença retrata com exatidão a realidade como ela é, então a proposição é verdadeira. A terceira condição a ser atendida para que haja conhecimento é a justificação. Ou seja: é preciso que a proposição tida como crença tenha um suporte adequado, estando embasada em boas razões.
[Laira]
Aaaaaaaaahhhhhhhh….. é por isso que tu explicou bastante e falou desses conceitos: é porque a definição de conhecimento envolve esses três conceitos.
[Frank]
Exato!
[Laira]
É: realmente ficaria vago se eu não soubesse o que significa um pouco de cada um desses três conceitos aí.
[Frank]
Em resumo, a definição tradicional de conhecimento é a seguinte: o conhecimento é a crença verdadeira justificada. De maneira mais precisa, um sujeito conhece uma determinada proposição se e somente se (1) o sujeito acredita nessa proposição, (2) a proposição é verdadeira e (3) o sujeito está justificado em acreditar nessa proposição. O conhecimento, portanto, é um conceito construído com base em outros três conceitos: a crença, a verdade e a justificação. Cada um deles é necessário e todos os três, em conjunto, são suficientes para um sujeito dizer que tem conhecimento de uma certa proposição.
[Laira]
Huuummmm… conhecimento é a crença verdadeira justificada. É simples, mas ao mesmo tempo muito profundo, né!?
[Frank]
Sim, sim: pra entender bem o conceito é preciso saber toda uma série de coisas.

Encerramento

[Laira]
Olá, gente! Eu sou Laira Maressa, sou biomédica e pesquisadora da Fiocruz Amazônia.
[Frank]
Olá, pessoas esclarecidas! Aqui quem fala é Frank Wyllys e sou tanto filósofo público quanto tenho TDAH.
[Laira]
Esse é o oitavo episódio da terceira temporada do podcast onde trato de boa parte dos mais conhecidos problemas filosóficos que perpassam o cotidiano das pessoas. Além disso, vale destacar que essa é uma temporada 100% financiada pela Manauscult por meio do edital de cultura de nome Thiago de Mello na sua versão novos Talentos. Fica registrado meus agradecimentos a Manauscult pela oportunidade e pela premiação em dinheiro.
[Frank]
Dito isto, o episódio está embasado em algumas referências e vale destacar parte delas. As principais são os episódios 1, 2, 3 e 4 da primeira temporada deste podcast. Então o que fiz foi apenas condensar em um episódio o que em 2021 desenvolvi com calma em 4 episódios. Fica aqui a minha recomendação para você, ouvinte, de ouvir esses episódios da nossa primeira temporada.
[Laira]
Por fim, siga o podcast na internet! Você pode fazer isso nos seguindo no seu aplicativo ou serviço favorito de podcast – Spotify, Google Podcasts, Deezer, Amazon Music ou Castbox – ou nos seguindo nas redes sociais: no Facebook, Instagram e TikTok é @esclarecimentop – tudo junto e minúsculo – e no Twitter é @esclarecimento_ – tudo junto e minúsculo também.
[Frank]
Isso é tudo por hoje, pessoal.
Até o próximo episódio!
[Laira]
Tchau tchau!


Publicado

em

por

Tags: