Sexto episódio da temporada sobre epistemologia publicado no dia 20 de Dezembro de 2021.
[INÍCIO DO EPISÓDIO]
[FRANK]
No dia a dia, o ceticismo aparece das mais diversas maneiras e assuntos. Nós o ouvimos no noticiário como sinônimo de descrença sobre algum acordo entre dois ou mais países, as vezes o ouvimos como sinônimo de desconfiança, de ficar com o pé atrás em relação a uma certa pessoa, e assim sucessivamente. Só que, em filosofia, o assunto é um pouco mais complexo do que geralmente se supõe.
[TRECHO DO FILME MATRIX | (https://www.youtube.com/watch?v=w_UKK8AORsU) | de 42s a 1min 7s]
[FRANK]
Em filosofia – mais precisamente na epistemologia -, quando se fala de ceticismo, o questionamento é mais ou menos do mesmo nível de pergunta e resposta do Morpheus sobre o que é real. Neo, nessa cena de Matrix, não acredita que é um programa de computador e por isso questiona a Morpheus se tudo aquilo que ele está a percepcionar é real.
Te fazer duvidar da realidade, daquilo que está percepcionando no momento e ao seu redor – do que vê, sente ou ouve – é uma das estratégias do cético.
[SOM DE UMA BATERIA TOCANDO JAZZ SURGINDO AO FUNDO]
[FRANK]
O episódio de hoje irá tratar sobre o ceticismo. O que ele é? Quais são as suas principais características. Como o cético argumenta e como responder ao seu questionamento de que não é possível obter conhecimento?
Meu nome é Frank Wyllys e este é mais um episódio do Esclarecimento.
[SOM DE UMA BATERIA TOCANDO JAZZ DESAPARECENDO AO FUNDO]
[CURTA PAUSA SILENCIOSA]
[FRANK]
O ceticismo, em linhas gerais, é uma posição, tese ou teoria filosófica – mais precisamente epistemológica, né – que defende que não temos conhecimento – podendo isso valer pra um assunto ou problema em particular ou para até mesmo todo o nosso conhecimento.
Agora… o que não conhecemos?
Bom: vamos começar pelo escopo do ceticismo. O ceticismo pode ser tanto local quanto global – que também é conhecido por ceticismo radical. O ceticismo local defende a impossibilidade do conhecimento em algum assunto ou domínio específico. Por exemplo: uma pessoa pode ser cética em relação a Deus ou a moral ou a existência de outras mentes além da nossa. Mas o que importa para este episódio é o ceticismo global. O ceticismo global advoga que não temos conhecimento. Tipo: TODO e qualquer conhecimento.
Agora: se o que não conhecemos é tudo o que achamos conhecer, como é que o cético procede pra nos fazer chegar a posição que defende? Bom: a estratégia argumentativa do cético é apresentar um cenário, uma hipótese que é compatível com todas as suas experiências do mundo. Esse cenário hipotético também apresenta uma proposição que é conhecível por você com confiança, pois está nas melhores condições pra conhecê-la.
O pulo do gato está nessa proposição pode ser colocada em dúvida, onde a mera possibilidade de duvidá-la leva a dúvida de todo o seu conhecimento. Em outras palavras: o cético parte de uma proposição que você pode saber com nitidez e segurança para concluir que tu não a conhece e que isso é um forte indício de que tu, na verdade, não sabe de nada.
Acho… que essa estratégia argumentativa do cético vá ser melhor entendida acompanhada de um exemplo, né!? Por isso, vale a pena introduzir uma clássica contribuição da filosofia: o argumento do sonho e a hipótese do gênio maligno de Descartes.
Comecemos pelo argumento dos sonhos, que aparece a partir do seguinte ponto: a ilusão dos sentidos. O problema é evidente por si próprio: os nossos sentidos… as vezes… nos iludem, e somos levados ao erro ou ao engano por causa disso. E essa é uma experiência muitíssimo comum para nós, pois não é nada difícil elencar exemplos de crenças que formamos erroneamente por causa dos nossos sentidos. Mas, de certa forma, esses erros e confusões não nos abalam, pois podemos usar os nossos próprios sentidos pra conferir e corrigir esses erros e obtermos crenças que representam bem a realidade.
O negócio é que o Descartes vai um pouco além e avança o argumento dos sonhos contra TODAS as nossas crenças originadas pelos nossos sentidos ou percepções:
[CAMILA COM VOZ DE RÁDIO]
O quão frequentemente o meu sono noturno persuade-me de coisas costumeiras como estas: que eu estou aqui, vestido no meu roupão, sentado próximo à lareira – quando de fato estou despido na cama! Mas exatamente agora os meus olhos estão com certeza bem despertos quando olho atentamente para essa folha de papel. Esta cabeça que estou balançando não está pesada com sono. Eu estendo esta mão consciente e deliberadamente, e eu a sinto. Tais coisas não seriam tão distintas para alguém que está adormecido. Como se eu não me lembrasse de ter sido enganado em outras ocasiões até mesmo por pensamentos semelhantes nos meus sonhos! Na medida em que considero essas questões mais cuidadosamente, vejo com tal clareza que não há sinais definitivos pelos quais distinguir entre estar desperto e estar adormecido. Como resultado, estou ficando deveras tonto, e essa tontura quase chega a me convencer de que estou dormindo.
[FRANK]
O argumento do Descartes aqui é que são indistinguíveis as experiências que temos em sonho em comparação com as nossas experiências perceptivas da realidade quando estamos acordados. Se é isso mesmo o caso, então a princípio nada garante que estejamos nesse exato momento a sonhar que estou falando com você e que você está me ouvindo, né!? Mas a situação não é bem essa.
Muitos dos nossos sonhos não são tal qual é na realidade, pois as vezes nos deparamos em sonho com criaturas ou situações que não são possíveis na realidade. Além disso, é possível apontar que grande parte dos aspectos dos nossos sonhos são tirados da nossa experiência cotidiana. Portanto, existem indícios que justificam a crença em um mundo exterior a nossa mente e que corresponde as nossas experiências do dia a dia – sendo essas experiências as que vão alimentar os tais sonhos.
Agora: se é possível pensar em formas de escapar do argumento dos sonhos, o Descartes vai ainda mais longe com a hipótese do gênio maligno. Saca só como ele lança a braba:
[CAMILA COM VOZ DE RÁDIO]
[…], suporei não um Deus supremamente bondoso, a fonte da verdade, mas, em vez disso, um gênio maligno, supremamente poderoso e esperto, que dirigiu o seu inteiro esforço para me enganar. Considerarei os céus, o ar, a terra, as cores, as formas, os sons e todas as coisas externas como nada sendo senão os embustes enganosos dos meus sonhos, com os quais ele põe armadilhas para a minha credulidade. Considerarei a mim mesmo como não tendo mãos, ou olhos, ou carne, ou sangue, ou quaisquer sentidos, mas como, não obstante isso, falsamente crendo que possuo todas essas coisas. Permanecerei resoluto e firme nessa meditação e, mesmo que não esteja em meu poder conhecer qualquer coisa verdadeira, certamente está em meu poder cuidar resolutamente de retirar o meu assentimento ao que é falso, por mais que esse enganador, seja o quão poderoso, seja o quão esperto possa ser, tenha algum efeito sobre mim.
[FRANK]
Descartes imagina algo que ele chama de gênio maligno. Tal gênio é poderoso igual um Deus, mas é maligno devido usar seu poder para nos fazer crer sempre coisas falsas, onde isso vale para tudo – indo desde todas as nossas experiências perceptivas até conhecimentos mais básicos e que independem da experiência, como por exemplo a soma de 2 + 2 ser igual a 4. Se é possível existir tal ser, então não temos como saber que todas as nossas experiências, crenças e conhecimentos são falsos em razão da sua manipulação. Se não podemos saber que estamos sendo manipulados pelo gênio maligno, então não temos razões pra acreditar, por exemplo, que conhecemos realmente a realidade.
Basta uma brecha, uma pequena, mas ainda sim firme possibilidade de duvidar sobre aquilo que nos cerca e na sua expressão por meio de proposições, que todo o nosso conhecimento fica em xeque.
Será mesmo que conhecemos?
[CURTA PAUSA SILENCIOSA]
[FRANK]
Vamos nos aprofundar um pouco mais no ceticismo partindo de uma hipótese padrão em defesa dessa posição.
Se lembra que falei que ele apresenta um cenário hipotético que é compatível com todas as nossas experiências do mundo? Em filosofia, isso é mais precisamente chamado de hipótese cética. Exemplos? Eu… estou no mundo da Matrix, eu estou sonhando deitado em minha cama, eu estou sendo enganado por um gênio maligno…
Um outro argumento por meio de hipótese cética é o do Cérebro numa cuba do filósofo Hilary Putnam, que a partir daqui será a hipótese padrão do ceticismo:
[CAMILA COM VOZ DE RÁDIO]
[…] imagine que você tenha sido submetido a uma operação por um cientista maligno. O seu cérebro foi removido do seu corpo e colocado numa cuba com nutrientes que mantêm o cérebro vivo. As terminações nervosas foram conectadas a um supercomputador que causa em você, que agora é o seu cérebro, a ilusão de que tudo é perfeitamente normal. Parece haver pessoas, objetos, o céu, etc.; mas na verdade tudo o que você está experienciando é o resultado de impulsos elétricos viajando do computador às terminações nervosas. O computador é tão engenhoso, tão pica, que se a pessoa tenta levantar a mão, um feedback logo o fará “ver” e “sentir” a mão sendo levantada. Ademais, o cientista maligno pode, variando o programa, fazer você “experienciar” (ou alucinar) qualquer situação ou ambiente. A experiência que você tem como um cérebro numa cuba, portanto, seria indistinguível da sua experiência cotidiana do mundo – incluindo a que está tendo nesse exato momento.
[FRANK]
O cético pode ir um pouquinho mais além nesse negócio de ser um cérebro numa cuba.
Se você não sabe que não é um cérebro numa cuba, então… você não sabe que tem mãos, por exemplo. Ora: se você for um cérebro numa cuba, você não tem mãos num é mesmo!? Ou seja: se você não consegue perceber a diferença entre ser e não ser um cérebro numa cuba, então você não consegue discernir entre ter ou não ter… mãos. E se você não sabe discernir quando tem ou não tem mãos, então o negócio é que você não sabe realmente se tem mãos.
Em resumo, o cético argumenta da seguinte maneira: (1) eu não sei que não sou um cérebro numa cuba; (2) Se eu não sei que não sou um cérebro numa cuba, então eu não sei que tenho mãos; (3) Portanto, não sei que tenho mãos. Vale destacar que o item (2) – pois esse (2) é uma das premissas do argumento – se segue devido o fechamento epistêmico. Se lembra do fechamento epistêmico, que introduzi no episódio anterior sobre o problema de Gettier?
[VOZ DE RÁDIO]
_O fechamento epistêmico é um princípio ou tese que advoga o aumento do nosso próprio conhecimento a partir da implicação daquilo que já sabemos_. Ou seja: você pode passar a saber algo a partir de um conhecimento anterior seu. Na verdade, sendo ainda mais preciso, é possível descrever o fechamento epistêmico do seguinte modo: quando uma pessoa está justificada a crer em uma proposição X qualquer, se essa pessoa deduz ou implica uma proposição Y a partir da proposição X, então essa pessoa está justificada a crer na proposição Y.
[FRANK]
No nosso caso aqui, a proposição “eu não sei que não sou um cérebro numa cuba” implica, entre muitas outras, que “eu não sei que tenho mãos”.
[PAUSA CURTA]
[FRANK]
Algumas objeções ao ceticismo podem ser elencadas e, para isso, considerarei aqui apenas a hipótese padrão do cérebro numa cuba e de que não temos mãos. Certo?
Show de bola, então.
Uma das objeções ao ceticismo envolve a rejeição do fechamento epistêmico – e irei destacar aqui a objeção do filósofo Fred Dretske. Falando de maneira bastante resumida, o filósofo diz que o conhecimento não é transmitido de maneira irrestrita pela implicação. Ou seja: uma pessoa não tem de saber todas as implicações possíveis daquilo que sabe sobre uma determinada proposição.
O cético, quando ele argumenta com uma pessoa que “se ela não sabe que é um cérebro numa cuba então ela não sabe que tem mãos”, está a argumentar pressupondo que essa pessoa sabe de todas as implicações dessa proposição, pois é isso o que está garantido pelo fechamento epistêmico. Só que nem todas as implicações de uma proposição são relevantes a ponto de serem dignas de consideração.
Vamos entender isso melhor a partir de um experimento mental proposto pelo próprio Dretske:
[CAMILA COM VOZ DE RÁDIO]
Você leva seu flho no zoológico, vê várias zebras, e quando questionado por ele, você diz que sabe que são zebras. Você sabe que elas são zebras? Bem, muitos de nós não hesitaríamos em dizer que sabemos que são zebras. Sabemos como as zebras parecem, e, além disso, estamos num zoológico e os animais estão numa cerca onde está escrito “zebras”. Todavia, ser uma zebra implica em não ser uma mula e, em particular, em não ser uma mula habilmente disfarçada pelos responsáveis pelo zoológico para parecer zebra. Agora: você sabe que esses animais não são mulas habilmente disfarçadas pelas autoridades do Zoológico para parecerem zebras?
[FRANK]
Se você dá corda pro cético, então agora se verá neutralizado pela possibilidade de estar diante de mulas habilmente pintadas ao invés de zebras. Mas o negócio é que estamos em uma situação normal, onde apenas estar num zoológico, ver animais semelhantes a zebras e esses animais estarem dentro de um cercado onde está escrito “zebra”, no fim das contas, são evidências boas o suficiente pra afirmarmos que estamos a ver zebras!
A objeção contra o cético é que o conhecimento só é possível devido as suas hipóteses, ainda que levem a implicações muitíssimo indesejáveis, serem alternativas irrelevantes no nosso cotidiano. Ora: não é nada trivial ver uma pessoa qualquer se pegar questionando se é um cérebro numa cuba, se tem mãos, se aquele animal é uma mula muito bem pintada ao invés de uma zebra… todas essas hipóteses são irrelevantes.
Claro, claro: se a hipótese cética vir a ser relevante, então só aí ela deve ser considerada. Por exemplo: se a honestidade do zoológico estiver sendo posta em dúvida, então a zebra ser uma mula pintada torna-se uma alternativa relevante e deve ser considerada até ser uma alternativa excluída.
[FRANK]
Uma outra objeção ao ceticismo seria o contextualismo. O contextualismo, além de ser uma resposta ao ceticismo, é uma tese que defende a atribuição de conhecimento a uma pessoa a partir do contexto. Ou seja: a depender do contexto, uma certa proposição pode ser considerada conhecimento e em outro momento não ser. O que vai determinar a atribuição de conhecimento a uma pessoa é o nível, a exigência ou um padrão pré-determinado.
Por exemplo: em contextos cotidianos, onde o nível de satisfação do conhecimento é baixo ou generoso, as hipóteses céticas pouco importam para as pessoas e o conhecimento das mesmas fica assegurado. O problema está em situações onde o nível epistêmico é maior, como por exemplo em um seminário sobre ceticismo em um departamento de filosofia. Nesse caso, é mais do que importante saber se você não é um cérebro numa cuba ou tem mãos. O nível epistêmico nessa situação é muito alto e o ceticismo realmente ameaça nossa segurança sobre termos conhecimento.
O contextualismo, portanto, além da sua plausibilidade, oferece uma resposta até que satisfatória e bastante intuitiva contra o ceticismo. Ora: na maioria dos nossos contextos cotidianos, o nível epistêmico não é alto. Diante disso, num tem hipótese cética que abale minha confiança em saber que tenho mãos e que não sou um cérebro numa cuba. Mas essa resposta também não permite sair de um paradoxo, pois basta aumentar os padrões de conhecimento para o ceticismo não apenas se tornar relevante como nos fazer chegar as conclusões que ele nos leva a concluir.
[FRANK]
Uma terceira e última objeção ao ceticismo seria o externismo – que também é conhecido como externalismo. No externismo o que se defende é a seguinte tese: a justificação de uma crença é externa a pessoa. Isso significa dizer que a pessoa desconhece, não precisa ou não tem acesso consciente a justificação de sua crença, pois alguns dos fatores que trabalham em prol da justificação dessa crença não são algo interno a ela e sim externos a sua mente.
O contraponto do externismo ao cético está nele escapar do internismo epistêmico como um de seus pressupostos – onde o outro pressuposto seria o fechamento epistêmico -, pois no internismo o conhecimento é decidido inteiramente pela inspeção reflexiva das próprias crenças de uma pessoa. Se uma pessoa não tem boas razões em apoio a sua crença, então essa pessoa não satisfaz a condição de justificação presente no conceito de conhecimento.
Agora: como o externismo se constitui uma objeção ao ceticismo? Acho que a melhor maneira de observarmos isso se dá por meio do experimento mental da Terra Gêmea do filósofo Hilary Putnam:
[CAMILA COM VOZ DE RÁDIO]
Imagine que exista um outro planeta Terra superficialmente idêntico ao nosso planeta Terra. Vamos chamar esse outro planeta de Terra Gêmea. Imagine também que exista uma pessoa fisicamente idêntica a você nessa Terra Gêmea, tipo um Doppelganger. Essa pessoa é idêntica a você a nível molecular, tendo por exemplo a mesma estrutura cerebral que você, os mesmos dados dos sentidos, as mesmas disposições etc. Agora imagine o seguinte: tanto você quanto o Doppelganger, cada um na sua Terra, tem crenças sobre uma certa substância líquida, clara, que preenche espaços no chão, corre os rios, cai do céu e sacia a sua sede. Na Terra você chamaria essa substância de… água, que é essencialmente H2O. Só que na Terra Gêmea esse líquido não é água, mas outra coisa é essencialmente XYZ. Ainda que tudo dentro das suas cabeças, a sua estrutura, seja igual, o pensamento de vocês sobre a referida substância é diferente porque as substâncias são diferentes – H2O e XYZ. O conteúdo de seus pensamentos, de suas crenças, é diferentes porque são determinados pelo que está fora de suas mentes.
[FRANK]
O conteúdo de um pensamento, de uma crença, não é inteiramente determinado pelo que está na nossa cabeça. É preciso uma relação direta de forma causal ou perceptual entre nós e o mundo para termos crenças, por exemplo. Se creio que aquela substância líquida, clara, que preenche espaços no chão, corre os rios, cai do céu e sacia a sua sede é água, é porque tenho alguma conexão direta com essa coisa de nome água e ela é que me permite formar a crença verdadeira justificada de que sei que isso é água.
Agora pegue o argumento de que você é um cérebro numa cuba. Como é que você é um cérebro numa cuba se o seu cérebro só está causal ou percentualmente conectado com um supercomputador que o alimenta com informação sensorial? Você não tem contato com mãos, árvores, água, o vento, qualquer coisa que não seja uma cuba, os nutrientes que sustentam o cérebro e o supercomputador. Se você pensar que é um cérebro numa cuba, então ao mesmo tempo você não é um cérebro numa cuba. O cético afirmar que você é um cérebro numa cuba, no fim, acaba por ser auto-refutante.
[CURTA PAUSA SILENCIOSA]
[FRANK]
Olá ouvintes! Tudo bem com vocês?
Espero que sim, em!?
[MÚSICA SURGINDO AO FUNDO]
[MÚSICA FICANDO COMO SOM DE FUNDO]
Este é o sexto episódio da primeira temporada do podcast sobre Epistemologia. Como é de se esperar, o episódio se apoia em várias referências, mas irei mencionar aqui apenas duas.
A principal referência o capítulo ceticismo do livro “Introdução à teoria do conhecimento” do Dan O’Brien. A segunda referência é o verbete “Epistemologia” do Steup Matthias – ainda que o verbete original se encontra na enciclopédia Stanford de Filosofia, usei a sua tradução e que pode ser encontrada no livro “Textos selecionados de epistemologia e filosofia da ciência” de organização do Rodrigo Cid e Luiz Helvécio. Qualquer coisa, todas as referências se encontram no link do post do episódio!
Além disso, agradeço a todos os mecenas desse podcast, sejam eles anônimos ou públicos! Em relação aos mecenas públicos, fica meu agradecimento a Laira Maressa, Fylype Wase, Helly Apoliano, Paula Caroline e Eric Soares. Aliás: também agradeço a todas as doações que este podcast recebeu até o momento!!! E caso deseje apoiar este podcast, faça uma doação em um valor qualquer ou assine o podcast a partir de 5 reais. Só ir no link esclarecimentopodcast.com.br/financie.
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Isso é tudo por hoje, pessoal!
Até o próximo episódio!!
Tchau tchau!!!
E ah: Feliz natal e próspero ano novo!!!
[MÚSICA DESAPARECENDO AO FUNDO]
[FIM DO EPISÓDIO]